quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Km 13 (Reprodução)

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 O que uma ferrovia e uma Pedreira têm em comum?...


Pedras!
Mas a Ferrovia do Contestado e a Pedreira do KM 13 compartilham muito mais que isso.

E para entender essa história precisamos voltar aos tempos da Guerra do Contestado, que aconteceu entre 1912 e 1916. Nesse período surgiu a Ferrovia que liga o Estado de São Paulo ao do Rio Grande do Sul, que depois ficou conhecida como Ferrovia do Contestado no trecho que passa dentro do Estado de Santa Catarina.

A Ferrovia continuou funcionando até que em meados dos anos 1940 o traçado antigo estava muito ultrapassado para que os trens modernos subissem sem maiores dificuldades a Serra da Taquara Verde em Porto União. A decisão tomada foi a de criar um novo caminho para os trens, e assim nasce a Variante São João, finalizada em 1949.

Ela é um trecho de ferrovia que circunda o morro São João na serra entre Porto União e Matos Costa e a Pedreira está ao lado dos trilhos, no 13º quilômetro da Variante, daí o nome Pedreira do KM 13.

Um dos problemas enfrentados foi o da passagem do rio Pintadinho e do córrego Tapuan no traçado onde os trilhos seriam construídos. A solução foi a construção da ponte sobre a cachoeira do rio Pintadinho e uma galeria para que as água do arroio Tapuan pudessem escoar.


Por fim o último grande obstáculo: o basalto. Para que a ferrovia fosse construída, foi necessário fazer um corte na pedra para que os trilhos passassem.

Tudo isso culminou em cenários únicos e surpreendentes!

E qual o motivo da Pedreira ter sido fundada ali?

Justamente por causa da presença do basalto. E assim temos uma pedreira ao lado de uma ferrovia, o que é muito conveniente, já que o material que vai necessariamente por debaixo dos trilhos de qualquer ferrovia é ... brita!
Na verdade, não sabemos ao certo se a exploração do basalto começou para alimentar a construção da Variante São João ou só depois daquele trecho estar pronto.

Fato é que hoje a Pedreira do KM 13 nos presenteia com paisagens lindas e uma história muito rica. Vale lembrar também que o funcionamento da pedreira envolveu muitos trabalhadores e suas famílias. 

A Pesquisa histórica sobre a Pedreira e os movimentos que ela gerou, tanto econômicos quanto geográficos, reúne relatos de ex-moradores da comunidade do KM 13 e estudos de documentação, realizados na Biblioteca Pública do Paraná, - onde estão alguns dos relatórios da viação “São Paulo Rio Grande” e no 5º Batalhão de Engenharia de Combate de Porto União.

Reforçando que esse texto é uma cópia da postagem feita no perfil Mergus Projetos e Desenvolvimento  para conferir a postagem original clique aqui. Qualquer reprodução desse trabalho, os devidos créditos devem ser dados ao seu criador.







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Já postei sobre o Km 13 aqui anteriormente nas postagens:

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