quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Denomina Rua Dr. Hercílio Luz e José Boiteux

Seguindo com a série de postagens sobre os Livros de Lei de Porto União, segue transcrição e imagem extraída do "Projecto de Lei nº21" do registro no Livro nº 10 - Resoluções e Portarias 1917 - 1927, no verso da folha nº 32.

Projecto de Lei nº 21

O Conselho Municipal de Porto União decreta:

Art. 1º Passarão a denominar-se Rua Dr Hercílio Luz a actual Rua Visconde de Nacar, e, de José Boiteux a atual Rua Vicente Machado.

Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário

Sala dos Sessões do Conselho Municipal de Porto União em 10 de janeiro de 1920.

Ass. Antônio Arruda, Adelino S. Andrade, Francisco Peluski

Commissão de Obras Públicas


quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Criação do Distrito de Nova Galícia

Seguindo com a série de postagens sobre os Livros de Lei de Porto União, segue transcrição e imagem extraída do "Projecto nº12" do registro no Livro nº 10 - Resoluções e Portarias 1917 - 1927, no verso da folha nº 4 e folha nº 5.

Projecto Nº 12

O Conselho Municipal de Porto União decreta:

Artigo 1º Fica creado o distrito de Paz de Nova Galícia com Sede Na Colônia do mesmo nome, à margem da Estrada de Ferro S. Paulo e Rio Grande e com as seguintes limites: Da Serra da “Felícia” acompanhando a Cordilheira que se segue, até o Rio “Espingarda”; por este abaixo até a “Estrada Estratégica”, seguindo esta até o rio “Jangadinha”, subindo por este até as suas cabeceiras, dahi em linha recta a “Estrada Velha” que de S. João vem a esta Cidade e por ella abaixo a fexar o perímetro na “Serra da Felicia”.
§  Único O districto de “Nova Galícia” tomará para os devidos effeitos o número IV.

Artigo 2º Em vista de creação do IV districto fica alterada a linha divizoria do distrito de “S. João dos Pobres”, que em vez de partir da foz do “Rio Preto” ao Morro “Pellado” passa a ser da foz do Jangadinha ao referido Morro “Pelado”.

Artigo 3º Revogam-se as dispozições em contrário.

Porto União em 1º de julho de 1918

A Comissão de Justiça
Assignado: Doriodó de Araújo
Francisco Peluski
Aprovado em 1ª e 2ª discussão
Jacquelino Ramos. Secretário


terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Origem do nome Legru e Estação Legru

Esta é a primeira de uma série de postagens com assuntos relevantes sobre a história de Porto União, de autoria do meu amigo, Sr. Odilon Muncinelli, publicados na sua coluna Milho no Monjolo no Jornal O Comércio. Fui autorizado a publicar neste blog a informação e estou citando a fonte, peço que quem utilizar essa informação, total ou parcialmente, faça o mesmo, cite a fonte!


COLÔNIA LEGRU
Porto União faz Cem Anos. Conheça um pouco mais da sua vasta História. O banqueiro francês Hector Legru era o principal sócio de Percival Farquhar na Brazil Railway Company, uma empresa ferroviária. Participou da construção do Trecho Sul da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande do Sul, entre 1906 a 1918. Porém, nunca esteve no Brasil e muito menos em Santa Catarina. No entanto, mesmo assim, a Brazil Railway Company nominou de Hector Legru, duas estações ferroviárias no Brasil. Uma delas, em Santa Catarina, no Município de Porto União. (Mais tarde, mudou de nome para Engenheiro Mello. No entanto, a localidade continua com o nome de Colônia Legru). Daí, o nome da Colônia Legru. Anotação: A Colônia Legru foi formada por imigrantes poloneses. Situa-se a 8 km mais ou menos da cidade. Possui Escola Isolada, edificada em terreno doado pela Companhia Colonizadora Hacker, em 1918. De início, Matias Delay foi o primeiro professor. Depois, as Irmãs Catequistas. E, mais tarde, as professoras normalistas de Porto União. No começo, a Escola também servia de Igreja. Santo Antônio é o seu Padroeiro.

Beira do Iguaçu, Março de 2016.
Odilon Muncinelli é Membro da ALVI e do IHGPr.

Segue abaixo outro texto que corrobora a informação, publicado no site Estações Ferroviárias do Brasil:

ESTAÇÃO DE ENGENHEIRO EUGÊNIO DE MELLO
Município de Porto União, SC
linha Itararé-Uruguai - km 526,971 (1936)           SC-0587
Altitude:           Inauguração: 30.04.1908
Uso atual: demolida           sem trilhos
Data de abertura do prédio atual: n/d (já demolido)



HISTORICO DA LINHA: A linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo, com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre 1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens de passageiros, já trens mistos, passaram na região de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng. Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. A variante Jaguariaíva-Fabio Rego foi aberta em 1964 e foi desativada em 1993/4 juntamente com o trecho Itararé-Jaguariaíva, tendo os trilhos arrancados.

A ESTAÇÃO: A estação de Engenheiro Eugênio de Mello foi inaugurada em 1908. O seu nome original era Legru. A data oficial é a de 30 de abril desse ano. Uma notícia veiculada no jornal O Estado de S. Paulo de 16/5/1908 informava essa inauguração. Notícia atrasada em um mês e meio? Nessa época, era possível que sim.

Hector Legru foi o banqueiro francês - e não belga, como muitas vezes aparece - que era um dos sócios de Percival Farquhar na Brasil Railway Co..

Em 1925, a estação passou a se chamar Engenheiro Eugênio de Mello, um dos engenheiros da ferrovia.

Em 1950, foi entregue em local diferente do da estação original uma estação que substituiria a antiga, mas já na variante do morro de São João, entre Porto União e Matos Costa. A velha estação foi desativada e demolida.

"Consegui encontrar os vestígios da estação velha, porém, com a ajuda de um senhor do local. Sem isso, jamais o teria. O local imediatamente atrás da estação foi totalmente desfigurado durante a enchente de 1983. A grande depressão que pode ser vista entre a parte alta e o meu carro, estacionado lá atrás, era uma enorme parte plana que foi levada pelas águas. A coisa foi terrivel. A parte intocada, que pode ser reconhecida na foto antiga (1a à esquerda, abaixo), é a elevação onde estão as casas. Na foto que lhe mandei há algum tempo atrás, o trem está subindo a serra para Mattos Costa. É interessante que poucos conhecem a estação e o próprio local como Mello. O nome forte ainda é Legru" (Nilson Rodrigues, 02/01/2005).



AO LADO: Autorização para mudança de nome da estação (O Estado de S. Paulo, 21/5/1925).

(Fontes: Arthur Wischral; Nilson Rodrigues; ABPF-Paraná; O Estado de S. Paulo, 1925)

Estações Ferroviárias do Brasil é uma página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Divisa dos Distritos de Porto União e São João dos Pobres

Segue transcrição e imagem extraída do registro no Livro nº 10 - Resoluções e Portarias 1917 - 1927, às folhas nº 2 e verso.


Progecto nº 4

O Conselho Municipal adopta:

Artigo 1º - As divizas dos distritos de paz de Porto União e São João dos Pobres, passarão do seguinte modo:

a) Partindo da cordilheira no morro Pellado, seguirão as divizas em rumo direto até encontro o arroio da cachoeira e por este abaixo até desaguar no rio Timbó, e por este abaixo até a sua confluência com o rio Iguassú.

Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das Commissões do Conselho Municipal em Porto União aos 5 dias do Mez de Março de 1917.

Assignados Bento Corrêa Oliveira


João Claussem, [não consegui decifrar] Com. Da Fazenda



quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Criação dos Distritos de Porto União, São João dos Pobres e Villa Nova do Timbó


Inicio aqui, extratídos dos livros de leis oficiais do município de Porto União, uma séria de posts sobre a criação dos distritos, de nomes de rua, escolas e outros assuntos de interesse desse blog.

Todos serão aqui transcritos, e também seguirá sua imagem que será uma cópia extraída dos Livros de Lei de Porto União, desde sua fundação no ano de 1917, e assim seguirá até onde eu conseguir fazer.

Nessa primeira postagem segue a Resolução nº 3, de 14 de setembro de 1917, extraída do seu registro no Livro nº 10, Resoluções e Portarias 1917 - 1927, no verso da folha 1 e folha 2.

Resolução nº 3
O Conselho Municipal de Porto União adopta:
Artigo 1º - O Município de Porto União fica dividido em trez Districtos de Paz, denominados: Porto União, São João dos Pobres e Villa Nova do Timbó, tendo por sedes as mesmas povoações cujos limites serão:

1º - O districto de Villa Nova do Timbó será delimitado pelo rio Iguassú acima até a fóz do rio Preto; por este acima até o seu encontro com a estrada das Perdizes, nas proximidades do lugar Reichardt, por esta estrada até o rio Timbó e por este abaixo até a sua confluencia com o rio Iguassú.

2º - O districto de Porto União será delimitado pelos rio Timbó e Iguassú até a ponte da estrada de ferro, e d'ahi pela mesma estrada até a sua intersecção com a estrada estratégica, por esta até o passo da balsa no rio Jangada, por esse acima até a foz do rio Preto e d'ahi com rumo ao morro Pellado, e por esta até a Cordilheira e por esta até o seu encontro no rio dos Pardos e por este abaixo até a sua confluência com o rio Timbó.

3º - O districto de São João dos Pobres será delimitado a começar da fóz do rio dos Pardos e pelo rio Timbó acima até o seu encontro com a estrada das Perdizes e por esta estrada até a linha que divide as aguas do Iguassú e Uruguay, por esta divisa até frontear a mais alta cabeceira do rio Caçador por este abaixo até a sua confluência com o rio do Peixe por este abaixo até o seu encontro com o rio 15 de novembro, por este acima até a cabeceira deste que mais approxima-se da nascente do rio Jangada, por este abaixo até a sua juncção com o rio Preto e d'ahi seguindo as mesmas divisas já traçadas para o districto de Porto União. 

Artigo 2.º - Os districtos ora creados reger-se-ão em tudo pelas Leis do Estado.

Artigo 3.º - Revogam-se as disposições em contrário.

Sala das Commissões, em 14 de Setembro de 1917.

Assignados: João Clausem e Euclides Thomé da Silva.

Hermenegildo Marcondes - Presidente do Conselho 

Euclides Thomé da Silva - 1º Secretário do Conselho



Quem já acompanha o blog a mais tempo, vai lembrar que essa resolução já foi tema de postagem aqui com o titulo de Perímetro Urbano.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Adeus a Laurentino Reisdorfer


Recebi hoje, com profundo pesar, a notícia do falecimento do Sr. Laurentino Reisdorfer.
Muitas pessoas conhecem apenas ele de costas, através de uma fotografia minha, que tirei há alguns anos atrás, foi capa do Jornal O Comércio inclusive, a foto é essa aqui:


De todas as fotos que tirei na minha carreira de fotografo amador, essa sem dúvida alguma está entre as 5 que considero as melhores que tirei.

No primeiro contato que tive com ele, numa época em que todos estavam cercando e proibindo o acesso as cachoeiras, ele se colocou à inteira disposição para receber as pessoas que quisessem visitar a cachoeira do Rio Alonço.

Nessa oportunidade, sequer havia um carreiro aberto até a cachoeira, que eu ainda não conhecia. Ele prontamente pegou uma foice e foi conosco até a cachoeira abrindo uma picada, para que pudéssemos conhecê-la. Ele foi na frente, e assim que chegamos lá, tirei a fotografia.

Fui lá outras tantas vezes depois disso, em todas fui muito bem recebido por ele.

Na última oportunidade que visitei a cachoeira, ele nos contou que não estava muito bem de saúde, que havia passado por cirurgia delicada e que havia deixado-o bem debilitado. Estava muito magro, mas ainda assim com uma disposição enorme.

Nesse dia, levei minha família para visitar a cachoeira, e quando voltamos, ele havia deixado uma sacola cheia de peras pendurada no retrovisor do meu carro.

Esse era o Seu Laurentino que conheci, pessoa daquelas que conhecemos e não esquecemos, de conversa fácil, aprazível, dono de um sorriso fácil e sincero e de muita generosidade para com os outros.

Fica o meu abraço e respeito aos familiares, e o meu obrigado a tudo que ele fez por mim e por esse blog.

Vai com Deus meu amigo e obrigado pelas peras!


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