segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Você conhece o nome dele! Mas sabe dizer qual é?


Bom, depois de 15 dias de descanso, acho que já está na hora de começarmos a brincadeira para valer em 2012. Farei diferente esse ano, ao invés de 2 postagens por dia de segunda à sexta, farei em 2012, 1 postagem por dia, todos os dias da semana sempre às 19h00.

Para a primeira postagem feita oficialmente em 2012, resolvi fazer algo diferente. Ao invés de postar uma fotografia de nossa cidade, vou postar a foto de alguém cujo nome todos conhecemos, mas sua fisionomia poucos conhecem. Pensei em deixar um breve histórico da vida desse homem aqui mas seria difícil falar dele sem deixar muito dada a resposta, sendo assim vou postar mais tarde nos comentários o histórico dele.

Quem é esse homem?

A que foi dado o nome dele em nossa cidade?

Se você sabe, ou acha que sabe, deixe seu comentário não precisa se cadastrar para participar!  


6 comentários:

Douglas Roiek disse...

Cap. João Teixeira de Matos Costa.
Seu nome inicialmente homenageava a praça no centro da cidade (hoje Hercilio Luz) e agora a Rua Matos Costa no Centro.

* Curiosidade. Apesar de militar e fisionomia rude, era conhecido por ser pacífico e compreender os motivos que levaram os nativos a se rebelar e iniciar a Guerra do Contestado. Foi morto em uma emboscada vindo para Porto União. Seu algoz foi morto pelos próprios colegas, pois Matos Costa era um dos únicos militares que compreendia a causa e tentava cessar o conflito de forma pacífica. Da minha parte poderiam dar nome de mais ruas e praças para homenagear esse homem.

Anônimo disse...

Oclovis
O Tenente Ricardo Kirk foi o primeiro oficial aviador do Exército Brasileiro.
tem uma rua em São Cristovão com o nome dele....3 rua depois do aeroporto transversal a Paula Freitas

Douglas Roiek disse...

Apesar de ser outro grande brasileiro, creio que que o Tenente Kirk era loiro. Matos costa comandava o 16º batalhão de infantaria, por isso o 16 no colarinho.

Dinarte Guedes disse...

Retirei o texto a seguir do jornal "A Notícia":

Duas guerras sanguinárias no currículo de Matos Costa: a primeira Canudos, de onde saiu vivo, mas não livre de recordações cruéis; a segunda, a Guerra do Contestado, na qual foram mortos 20 mil camponeses, chamados de “rebeldes”. A experiência da Guerra de Canudos possivelmente tenha motivado Matos Costa a entender com imparcialidade a desavença do Sul, que se mostrava semelhante em vários aspectos àquela em que lutara na Bahia: fanatismo religioso, negação da República, interesses das elites.

Como oficial do Exército, o capitão carioca João Teixeira de Matos Costa tinha ordens de exterminar a revolta com determinação: a polícia paranaense havia sido massacrada pelos rebeldes, assim como três tropas do Exército brasileiro. Faz-se admirável a busca do condecorado soldado Matos Costa em conhecer os motivos da rebeldia daqueles sertanejos desafiadores, compreendendo a verdade do lado de cá.

Foi aí que o soldado decidiu disfarçar-se para criar uma aproximação aos redutos. Apresentava-se como vendedor de rapadura, comprador de erva-mate, mágico ou dentista; só assim pôde ouvir o que os “pelados” tinham a dizer. Pelados era como os caboclos passaram a autodenominar-se depois que tiveram seus cabelos raspados pela polícia, enquanto os soldados eram os “peludos”.

Matos Costa pôde aproximar-se das angústias e limitações daquela gente, que lá residia havia décadas, criando gado e plantando erva-mate em meio à floresta. Certamente, reavaliou a interferência da Brazil Railway, empresa do norte-americano Percival Farquhar, contratada pelo governo federal para a construção de uma ferrovia ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul. A empresa tinha o direito de explorar 15 km de terras para cada lado da ferrovia: uma faixa de 30 km que cortava o Estado de Santa Catarina. Sem possuir documentos que comprovassem a posse das terras, os caboclos acabaram expulsos. Matos Costa levou as informações ao governo federal afirmando: “Toda essa violência é produto da ignorância de quem não teve outros meios para se defender”. Foi ignorado.

Em setembro de 1914, a insatisfação de um povo marginalizado, a esta altura sem emprego e sem floresta para sobreviver, foi materializada em um incêndio criminoso da maior serraria do mundo na época, a Serraria Lumber, pertencente ao grupo Farquhar. Uma fogueira gigante iluminou o céu do planalto catarinense por três dias. A ousadia repercutiu em jornais de vários países e os administradores da empresa não tardaram em exigir providências ao governo.

Matos Costa, certo da confiança que construíra entre os rebeldes, decidiu agir diplomaticamente e foi ao encontro dos caboclos nas proximidades da serraria. Antes que iniciasse a retórica da paz, foi atravessado por uma lança. O rebelde sanguinário Benebenuto Bahiano liquidava ali, além da vida de Matos Costa, as esperanças de paz entre aquela gente e o governo brasileiro. Benebenuto foi julgado e executado pelos próprios revoltosos.

As atitudes de Matos Costa não foram motivadas pela vaidade de alcançar prêmios ou condecorações militares, já que o seu interesse em demonstrar ao governo que a repressão sofrida por aqueles sertanejos não era bem vista por seus companheiros de farda. Ao contrário, a maneira pouco tradicional de se envolver numa guerra custou-lhe a vida em território catarinense. Matos Costa foi um dos poucos homens do seu tempo que compreendeu as causas da maior guerra civil da história do Brasil. Uma guerra com 20 mil vítimas ligada à devastação da milenar floresta das araucárias.


http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3244296.xml&template=4187.dwt&edition=16725&section=1361

Dinarte Guedes disse...

O que me chamou a atenção nesse texto foi a versão da morte de Matos Costa. Pelo que eu sabia ele tinha sido vítima de uma emboscada. Eu sinceramente não conhecia essa versão da morte dele. Agora vou ter que pesquisar um pouco mais a respeito disso para saber a versão oficial dos fatos.

Douglas Roiek disse...

Pois é, ela cita o livro "Rebeldes do Contestado" de Paulo Ramos Derengoski. Porém como todos os livros do contestado são baseados apenas nos contos pós conflito e fontes inseguras fica difícil, o único material oficial é de Crispim Mira, repórter da época, mas é só uma entrevista. O resto todo está na Lumber Corporation nos Estados Unidos e nas forças armadas do Brasil.

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